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11 dezembro, 2008

Lançamento do terceiro livro que terá lugar no próximo dia 15 de Dezembro, pelas 17.30, no Fórum Romeu Correia, Praça da Liberdade - Almada.


E se fosse mesmo «Um Problema Muito Enorme – Novíssimos Contos da Mata dos Medos»?




E é pois! Aconteceu, assim...
Chegou-me às mãos um convite muito especial: o lançamento do terceiro livro (tão esperado) da composição literária iniciada com Contos da Mata dos Medos (Lisboa Assírio & Alvim, 2003), o que nos garante que há «Um Problema Muito Enorme», lá para os lados de Almada. Informei já muitas pessoas de diferentes faixas etárias e a resposta foi unânime, convertendo-se num tom de alegria que ficou pelo ar. As solicitações vieram de seguida, e o tempo de espera, julgo, será cronometrado ao minuto.
Eu compreendo! Estamos perante mais um conto de Álvaro Magalhães que permite promover o prazer da leitura numa atitude literácita, e, simultaneamente, de volta às ilustrações de Cristina Valadas, onde o toque pincelado regista as grandes imagens e metáforas da essência do ser.
«‒ Um Problema muito enorme?», questionar-se-ia o leitor menos atento ou desconhecedor da obra deste mestre «brincador» (Magalhães, 2005), que ama brincar com as palavras, “limpando-as e acariciando-as”; ou ainda imaginar, construindo jogos linguísticos e cómicos ‒ de linguagem, de situação e de carácter ‒ que confirmam a diferenciação das suas histórias.
O título confirma, por si só, a presença desses jogos, bem como a dimensão lúdico-estilística, de grande valor literário, que tem sido ponto assente na construção textual do autor. Anunciada uma outra história vivida na Mata dos Medos, acresce validar a riqueza dos diálogos, estupendos na sua forma de acontecer, e aos quais se prendem, para além dos acontecimentos do quotidiano dos protagonistas, um assunto a resolver. Não fosse ele um problema muito enorme!
Ler Álvaro Magalhães é, sem dúvida, comprometer-se com um momento de grande fruição, onde nos vemos impelidos para a participação, num acto feliz de aprendizagem e de entretenimento. É, igualmente, manter um pacto de ficcionalidade com o autor e permitir que os momentos de estranhamento, como por exemplo, as denominadas perturbações da linguagem e do discurso, sejam sobretudo mais-valias para o nosso enriquecimento pessoal.
Se conhecem os espantosos animais da Mata dos Medos sabem o quanto ficou mais rico o acervo literário português (relativo à literatura de potencial recepção infanto-juvenil) com este terceiro episódio dos animais que vivem nesta mata. Caso ainda não se tenham deparado com eles, então, venham conhecê-los. Garanto, tomando a voz de muitos leitores, que nunca mais se afastaram deles!

Até breve,

Gisela Silva.